Entidades do setor de bares e restaurantes insistem pela volta do horário de verão

 

Com a proximidade do mês de outubro, em que tradicionalmente iniciava o horário de verão no Brasil, associações do setor de bares e restaurantes voltaram a pedir o retorno da medida como forma de incentivar a economia e ajudar na crise hídrica vivida pelo país.

Os presidentes da Associação Brasileira de Bares e Casas Noturnas (Abrabar) e de Sindicatos de Bares e Restaurantes se manifestaram sobre a medida tomada pelo presidente Jair Bolsonaro (Sem partido), em 2019, que extinguiu o horário de verão.

Uma pesquisa divulgada nesta terça-feira (28) pela Associação Nacional de Restaurantes (ANR), em parceria com o Instituto Foodservice Brasil (IFB), mostra que 62% das empresas do setor de bares e restaurantes ainda não recuperaram o patamar de vendas do período pré-pandemia.

Outro ponto levantado pela ANR, é o nível de endividamento das empresas. De acordo com a pesquisa, 55% dos bares, restaurantes, cafés e lanchonetes se declaram endividados, desse total, 78% devem para bancos, 57% estão com impostos em atraso, 24% têm dívidas com fornecedores e 14% afirmam ter pendências trabalhistas.

Nos últimos dias, entidades empresariais têm pressionado o governo federal pela volta do adiantamento em uma hora dos relógios como uma forma de enfrentar a atual crise hídrica.

Em nota, o Ministério de Minas e Energia disse que “tem estudado iniciativas que visam o deslocamento do consumo de energia elétrica dos horários de maior consumo para os de menor, de forma a otimizar o uso dos recursos energéticos disponíveis no Sistema Interligado Nacional (SIN)”.

“Neste sentido, a contribuição do horário de verão é limitada, tendo em vista que, nos últimos anos, houve mudanças no hábito de consumo de energia da população, deslocando o maior consumo diário de energia para o período diurno. Assim, no momento, o MME não identificou que a aplicação do horário de verão traga benefícios para redução da demanda.”, completa a nota.

A pasta informou também ter solicitado ao Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) que “reexaminasse a questão à luz da atual conjuntura de escassez hídrica, considerando os estudos já realizados”.