Intervenção artística vai colorir muro do galpão da escola de Samba União da Vila Rio Branco

Quem passar pelo galpão da tradicional Escola de Samba da Vila Rio Branco, em Jundiaí, pelos próximos finais de semana vai poder acompanhar de perto a intervenção artística no muro de 55 metros de extensão que fica no entorno do galpão. São pinturas, grafites e lambes responsáveis por mudar e trazer mais cor e vida para o muro do galpão, revitalizando os trabalhos que já existiam ali.

A ação é realizada pela produtora de Jundiaí Tomada Cultural e viabilizada pelo Coletivo Coisarada e Lei Emergencial Aldir Blanc e vai envolver mais de 30 artistas: “A ideia é reunir artistas de diferentes linguagens e estilos visuais para uma ação artística mas também política, através do diálogo, e numa construção conjunta ocupar os espaços da cidade com trabalhos que nos contem um pouco das nossas origens e nos lembrem das exclusões que praticamos”, comenta Katia Manfredi, fundadora da Tomada Cultural e também integrante do Coletivo Coisarada. A ação se estende pelos próximos dois finais de semana e, para evitar aglomerações, os artistas foram divididos em pequenos grupos.

O produtor cultural Ócio, de Jundiaí, responsável pela articulação com os artistas, vai participar da intervenção e acha a ação importante. “É muito significativo ocupar esse espaço com um projeto que abre espaço para artistas. Este é um muro que para a maioria da população e para o movimento de rua é um símbolo de resistência, pois no passado já tentaram de maneira desrespeitosa apagar toda a história que estava lá desde 2009.”

Teatro – O que havia aqui, antes disso estar aqui? 

Também como parte da programação da produtora, uma apresentação de teatro do poeta e ator Cláudio de Albuquerque acontece na quarta-feira, 24, no Centro de Jundiaí, a partir das 12h, totalmente gratuita e aberta ao público. Será uma performance artístico-jornalística sobre o que havia na praça da matriz da cidade de Jundiaí antes das caravelas, igreja, museu e a invisibilidade de um povo. Cláudio é fundador do Ateliê Casarão, importante espaço de resistência da arte independente na cidade.

 

Fonte: Assessora de Imprensa Amanda Sousa